PROJETO VENCEDOR DO CONCURSO PODENZANO
Há projetos em que o “construído” deve desaparecer para o bem da arquitetura. A transição entre a natura e o artificial pode sempre ser gentil e respeitoso, e o projeto ser capaz de se manter equilibrado para reforçar a essência natural da área. É necessário dar aos espaços as novas funções coletivas respeitando a presença do pulmão verde nas cidades, um privilégio que deveria ocorrer sempre. O desenho proposto gera uma nova topografia que esconde espaços comercias sob um cobertor verde e ao mesmo tempo de se insinua permitindo a criação de diferentes espaços de convívio que podem acomodar e “alimentar” as diversas necessidades urbanas.
O diagnóstico de que a área de intervenção poderia funcionar com um eixo de conexão peatonal no centro histórico da cidade, fez com que o projeto rompesse o tecido construído criando um caminho contínuo em nível 0,00 que corta as novas praças desenhadas sem romper com a capacidade que cada espaço tem de sobreviver independentemente uns dos outros. O suave movimento do solo que desenha a nova topografia de altos e baixos tem a capacidade de provocar um impulso lúdico no usuário convidando-o para um novo jogo: as colinas verdes como planos para escalar abre novas perspectivas e visual atraente, sugerindo percepções distintas sobre a nova intervenção.