Projeto vencedor do Prêmio IAB-SE 2021.
A nova sede do Art in Coffee vem com o intuito de proporcionar ao cliente uma satisfatória imersão para apreciação de um bom café
Cercado de informação e arte, como propõe o nome da franquia, o cliente encontra um ambiente pequeno, porém aconchegante, no centro da cidade.
Praticidade e funcionalidade foram fundamentais para a concepção do projeto. Para o melhor aproveitamento do espaço, entre clientes e funcionários, as duas salas pré-existentes foram unificadas e organizadas de forma que o layout marcasse a divisão entre o salão e o espaço de preparo. Uma vez que o conceito do café é não ter garçons, o mobiliário foi eleito e disposto de forma a adequar clientes individuais, duplas ou grupos maiores. O espaço de preparação precisou ser organizado para viabilizar um vasto cardápio de cafés, bebidas e comidas.
A materialidade do ambiente é marcada pelos blocos de tijolos maciços, preexistentes na edificação, que foram preservados e deixados aparentes. Complementar a isto, trazendo um ar de contemporaneidade, apresenta-se uma rica diversidade de elementos em serralheria no mobiliário, balcão, requadros de janelas, envolvendo estantes, e por fim, no forro que suporta ripas de madeira maciça (roxinho) reaproveitadas de antigas toras de madeira estocadas em uma propriedade rural de um dos sócios do café.
Nas paredes opostas a vitrine foram empregados elementos padrões da marca: na principal, uma pintura bidimensional branca sobre fundo negro; na secundária, um gradeado onde são expostas obras de arte, produtos, entre outras peças de pequena escala. A iluminação se dá por meio de arandelas, evidenciando o forro de madeira e buscando focos discretos, porém estratégicos do layout. Em complemento, a inserção da luz azul sobre o banco corrido quebra a cromia predominantemente alaranjada. A fachada apresenta a mesma linguagem: foram descascadas as paredes e introduzidas uma porta de serralheria que se apresenta como um portal extrudado da parede e ladeado por um gradil esbelto e suas trepadeiras, que se apoderam do espaço da maneira que melhor lhes convém.